sábado, 1 de junho de 2013

madrugada de novembro



a vassoura 
varreu com tudo
as estrelas
para dentro do
chapéu pontiagudo

adeus, outubro!

o crucifixo
cruza que inda lembro
e os espíritos santos
colhem as dores
e guardam segredo

olá, novembro!

a pétala vermelha
desabrocha cheirosa
um veludo púrpura
na pele mimosa

na madrugada chuvosa
o coração poético
se refaz em prosa
e a poesia entrosa
um chá
de rosas

sinto em mim
um novo membro
novembro

curto o momento
enfrento a saudade
e apenas relembro

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